Transformei a minha poesia sem preço em prosa, sem pressa, sem prazo.
Partiram de mim, num último suspiro de poesia, todas as palavras engavetadas.
Não há mais porque guarda-las. Não mais tempo para gastá-las, senão neste momento.
E partem todas sorrindo liberdade, elas não me pertencem, nunca me pertenceram.
Eu apenas tomei-as emprestadas de algum poetas distraído, mais perdido do que eu, que as perdeu, que as meu deu para cultivá-las.
Mas logo eu, tão mal jardineiro que sou?
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