São tantos os caminhos do universo e não há então nenhuma estrela que me satisfaça? Me diz então qual é a graça, qual o sentido de tudo, e por que me sinto assim tão solto ao vento?
Há dentro de mim, na minha constituição biológica, todo um universo em andamento, e ele é tão complexo e tão imenso quanto aquele em que vivo, e ele não depende de mim para existir… (e é bom que seja assim).
Há uma ordem no caos do universo, há um caos na ordem do universo, e há em mim um universo caótico que jamais se ordenará, e nem precisaria, pois não faria diferença se ao invés de um modo fosse de outro, os pensamentos desordenadamente percorrem os labirintos de uma complexa rede de informações, e tudo isso há em mim, e tudo isso há no caos que habita em mim.
E há razões verdadeira.
E há razões derradeiras.
E há razões que fogem de qualquer tentativa de estabelece-las, pois elas não existem e pronto!
Não há como entende-las, como refutá-las, absorve-las de modo pacífico e racional.
Existem, repito, e pronto!
Existem e ponto!
Existem e fim.